21/06/2009

Desculpem, amigos

Já lá vão n temas à minha frente, até com um por mim proposto. A vida não me dá agora o tempo de os apanhar, sabemos todos como é, bordão linguístico na moda. É assim. Como uma feira. Será uma vaidade, o que se segue. Mas na verdade é só um brinde à nossa e um pedido de desculpas:

FEIRA

Olho para tudo na feira da ladra dos anos. Por entre setecentos euros de óculos, alto na miopia do galo, em passo de corrida vejo tudo nu na basílica do futuro.
Só no lume do convento perdido me sou, mas lento a ti me faço. No écran de teu sorriso esfuma-se fome de mim, uma ânsia de nada sem troca aparente, brilho do resto, o costume.
A vila atrás, a vida à frente. Alhos e pó, sangue de muitos ratos e pombos a saldo.
Outros momentos. Lixo no adro real de todos os santos, cruzes canhoto na mó saloia.

Abraço

1 comentário:

Armindo S. disse...

Sempre te vi com demasiada nobreza, por isso, não é para estares agora a pedir desculpas, não só poque a culpa não existe mas, e sobretudo, porque nada nos obriga a correr atrás de temas aqui neste contocomtodos. Vai à tua velocidade passeando pelas bancas da feira dos secos que te apeteça e tasquinha aqui e ali conforme te aprouver pois mesmo as pequenas pérolas não deixam de ser preciosas.