27/09/2009

Fuga em do maior

Fileiras de instrumentos cabisbaixos e companheiros. É a banda que se me passa aqui no dentro. Deploram o do desafinado de mins. Aqui no dentro, perseguem-me acordes prestes a aniquilar os talvezes ou os nadas. Procuro entender todos os andamentos em cadência dos cantos bentos, sei que se servem desses argumentos para que lhes conceda asilo, por isso, resta-me a maestria de os empurrar ao de leve para dentro do meu dentro. As notas atroam a notas aparentemente rítmicas de magia, como qualquer truque em transmutação. Não tenho a certeza disto, mas são tão insistentes... que, o meu dentro deixa de o ser, enquanto eu, me tento ajustar, dentro do meu fora.

1 comentário:

Nuno Baptista Coelho disse...

Não estou bem certo, mas julgo que Pessoa pediria outro absinto, se acaso lhe sucedesse ter escrito isto. Belíssimo!

Só não estou seguro de ter entendido, mas isso são as vicissitudes comuns de quem tenta abrir portas de cujas chaves não dispõe, e há limites para o que a interpretação pode conseguir. Sinto no entanto acordes do famoso flautista que deu cabo da rataria toda numa qualquer cidade alemã. Se for porventura esse o caso, lembra-te por favor que nem todas as melodias de flauta acabam num abismo.

Ou então estou apenas a disparatar, é também coisa frequente a estas horas. Há por certo um comentário muito mais equilibrado e racional sobre este texto, o problema é que de momento não me ocorre.